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Cronograma - Linha Bíblica-profética





Idade Média

787

Alteração dos Dez Mandamentos

Segundo Concílio de Niceia - Culto das Imagens
O Segundo Concílio de Niceia, em 787, presidido por Tarásio de Constantinopla condenou o iconoclasma (movimento contra a adoração de imagens) e formalmente aprovou a veneração de ícones e imagens, afirmando que "quem venera uma imagem venera a pessoa retratada nela". "O Catecismo da Igreja Católica postula que Deus deu permissão para imagens que simbolizam a salvação cristã por símbolos, tais como a Serpente de Bronze e o querubim na Arca da Aliança. O Catecismo afirma também que, "encarnando, o Filho de Deus inaugurou uma nova 'economia' das imagens". Contudo como a introdução do culto as imagens feria frontalmente os Dez Mandamentos da Lei de Deus, o Segundo Mandamento foi adulterado, e passou a ser adotado da seguinte forma: "Não usar o Santo Nome de Deus em vão".

Segundo Mandamento Original: Êxodo, 20, 3 a 6; Deuteronómio, 5, 7 a 10:
"Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos."

"(...) Porque tendes de compreender, que o culto de um Deus antropomórfico, exterior, já é falha notável na organização psíquica, já é caminho franco para as idolatrias as mais repelentes. É por essa brecha que entram e fazem morada no caráter do homem, quer as parvalhadas clericais, quer os vícios negregandos, quer as insinuações de agentes maléficos dos baixios astrais. Onde o homem em si não respeita a condição de templo divino, aí mesmo penetra e se radica, a tiririca daninha. O olho interno, como o proclamava o Cristo, deve estar sempre aceso em suas luzes básicas. Que pense para longe o homem, que transmita suas ondas mentais para os confins das gamas etéreas do Planeta, quando pretenda dirigir-se a um irmão qualquer; mas que se sinta templo de DEUS ESPÍRITO E VERDADE, quando tenha de pensar em Deus!" - Livro: Confissões de Um Padre Morto
"(Aquele Princípio, ou Deus, que te colocou ao alcance da Lei, o Verbo Modelo e o farto documentário sobre os Dons Intermediários, seria Ele mesmo o traidor de Seus Desígnios, endossando fingimentos, clerezias mentirosas, parapsicologias, sectarismos, mórbidos facciosismos e tantas formas de desvidos da VERDADE?)" - Livreto: Como Desabrochar o Deus Interno?

1.000

Papa Damião

Encarnação do Princípio Sagrado
Reformador - Executado por desmembramento
Tentou implantar a reforma de dentro da Igreja Católica. Foi julgado como feiticeiro, sendo condenado a morte por desmenbramento. Teve braços e pernas amarrados a cavalos, e seus membros foram arrancados
"Até o séc. X, quando fui o papa Damião, amarraram-me pés e mãos em rabos de cavalos e tocavam os animais. A gente se cortava em quatro. Enchi as ruas de Roma três vezes com sangue, que era o martírio daqueles que eles julgavam feiticeiros. Isto até o ano 1.000." - Osvaldo Polidoro
Essa vida não é encontrada, em nenhuma pesquisa, tudo foi destruído e apagado da história pela Igreja Católica
1.181

Francisco de Assis

Encarnação do Princípio Sagrado
Fundador da Ordem dos Frades Menores ou Franciscanos
Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como Francisco de Assis (Assis, 1.181 — 3 de outubro de 1.226), frade franciscano. Era filho do comerciante italiano Pietro di Bernadone dei Moriconi e sua esposa Picà Bourlemont, cuja família tinha raízes francesas. Os pais de Francisco faziam parte da burguesia da cidade de Assis, tinham prestígio no nome e nas posses financeiras. Francisco começou a perder interesse por seus antigos hábitos e passou a se preocupar com os mais pobres e necessitados, largou a vida burguesa e voltou-se para uma vida de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo costumavam fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação num tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em desprendimento material e amor ao próximo, que deram origem a inumeráveis representações na arte. Tomás de Celano escreveu sobre ele: "O Santo diligenciava por viver sempre com alegria no coração, por conservar a unção do espírito e o bálsamo da jovialidade. Evitava com o maior cuidado a tão funesta doença da melancolia". Música e canto desempenhavam papel primordial nos primitivos tempos da comunidade, fosse na forma de coral, hino, ou cantilenas, atraindo a simpatia do povo. A senha dada era: Paupertas cum laetitia - "Pobreza com alegria".
Ele queria que todos os homens tivessem a imagem concreta de Deus, pois assim se lhe afigurava que maior seria o seu amor por Ele. Estabelecia diálogo com todos os elementos da natureza. Através da água, das flores, das estrelas, dos animais, conversava com Deus.

"- Não há maior alegria - disse Francisco - do que obedecer à vontade de Deus. Sabes por quê, Irmão Leão?
- Como poderia saber? Explica-me.
- Porque no íntimo desejamos o que Deus quer. A única diferença é que ignoramos. O Senhor, então, desce em nós, desperta a nossa alma e mostra-lhe o que ela cobiça sem saber. Eis o segredo, irmão. Obedecer à vontade de Deus significa obedecer à nossa própria vontade, a mais íntima e secreta. No fundo do mais indigno dos homens, estás vendo, dorme um servidor de Deus."
"(...) Toma outra folha de papel e escreve mais. O bispo tem razão. Também devemos ganhar o nosso pão com o suor do próprio rosto. Precisamos trabalhar, essa é a vontade de Deus. Porém desposamos a Pobreza, Reverendíssima. Não leves a mal: não a abandonaremos. Escreve: “Todos os irmãos que possuem um ofício deverão exercê-lo. É necessário apenas que não tenha nada de desonroso ou contrário à salvação da alma. Os irmãos deverão receber, em troca do trabalho, o que lhes for indispensável para viver, mas nunca em dinheiro. Pois, para eles, o dinheiro não pode ter mais importância que as pedras e os detritos... Se o seu ofício for insuficiente para alimentá-los, não devem envergonhar-se de mendigar às portas. Porque a caridade é uma obrigação legítima perante os pobres. O próprio Cristo não se vexou de ser pobre, estrangeiro e viver de esmolas. Tomemos toda a cautela, irmãos, em não perder nosso lugar no céu a troco de bens provisórios e insignificantes da terra. Precisam ser humildes e bons e alegrar-se quando estiverem na companhia das pessoas humildes e desprezadas, entre os pobres, os doentes, os leprosos e os mendigos”.
“Escreve, Irmão Leão: “Nossos grandes companheiros de viagem são a Pobreza, a Obediência, a Castidade e, acima de tudo o Amor. Quem caminha à nossa dianteira dia e noite, e na qual temos sempre os olhos postos sem desfalecimento, é Cristo. Se Ele tem fome, também temos. Se Ele sofre, também sofremos. Se O crucificam, deixamo-nos crucificar como Ele. E se ressuscitar, tenhamos a esperança de algum dia suceda o mesmo conosco...”
Ao terminar. Francisco tomou a pena e escreveu embaixo o seu nome em caracteres grosseiros: “Francisco, o pobrezinho de Deus”.
- Está é a regra da nossa ordem – disse. - Agora, escreve no cabeçalho: “Ao Santo Padre, o Papa Inocêncio”.
“Obediência, Pobreza, Castidade, Amor, meus filhos! E os que tiverem o dom de falar ao povo, façam o sinal da cruz e ponham-se a caminho, aos pares, um consolando o outro. Onde houver homens, parem e proclamem o Amor, o perfeito Amor, aos inimigos e aos amigos, aos ricos e aos pobres, aos maus e aos bons, porque todos são criaturas de Deus, somos todos irmãos.” - Livro: O Pobre de Deus

Irmão Sol, Irmã Lua (Filme de Franco Zeffirelli - 1.972)
O Pobre de Deus (Livro de Níkos Kazantzákis)

1.195

Antônio de Pádua

Frade Franciscano, teólogo, asceta, místico e pregador.
Encarnação de João Evangelista
Frade Franciscano, considerado como um dos intelectuais mais notáveis de sua época, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta, grande cultura e sobretudo com notável dom como pregador. Primeiramente pertenceu à Ordem dos Cónegos Regulares da Santa Cruz, no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde aprofundou os seus estudos através da leitura da Bíblia e da literatura patrística, científica e clássica. Tornou-se franciscano em 1.220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França, retornando posteriormente à Itália, onde encerrou sua carreira. No ano de 1.221 fez parte do Capítulo Geral da Ordem em Assis, convocado por Francisco de Assis. Em seguida foi para Pádua, onde desencarnou aos 36 (ou 40) anos.
António é tido como um dos intelectuais mais memorável de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, documentada pela coletânea de sermões escritos que deixou, onde fica evidente que estava familiarizado tanto com a literatura religiosa como com diversos aspectos das ciências profanas. O seu grande saber tornou-o uma das mais respeitadas figuras do seu tempo. Lecionou em universidades italianas e francesas.
No sincretismo religioso, Santo António é relacionado no candomblé como Exu, o orixá da comunicação. Também é identificado com Ogum, deus da guerra, capaz de abrir os caminhos.

Santo Antônio de Pádua (Filme de Umberto Marino - 2.002)
Antônio, Guerreiro de Deus (Filme de Antonello Belluco - 2.006)

1.215

Inquisição

Criação Oficial da Inquisição
Quarto Concílio de Latrão - Sistema de Tribunais criado pelo papa Inocêncio III, para prender, torturar, interrogar, destituir posses, bens e assassinar os portadores de Dons do Espírito Santo, Carimas ou Mediunidades, classificando-os como feiticeiros ou hereges.
Os hereges tinham de ser perseguidos e tirados de seus esconderijos. A infâmia dessa instituição deixou suas marcas na memória e no vocabulário dos homens. A multiplicação dos valdenses e albigenses, pediu medidas mais severas. Em 1.215, o Quarto Concílio Lanterano, sob a liderança de Inocêncio III, estabeleceu para a punição dos hereges o confisco de suas propriedades, excomunhão para aqueles que não agissem contra os hereges, e completo perdão dos pecados para aqueles que cooperassem. O sínodo de Toulouse sistematizou políticas inquisitoriais, deixando os pretensos hereges praticamente sem nenhum direito. O inquisidor não estava sujeito a qualquer lei, apenas ao papa. Ele era ao mesmo tempo promotor público e juiz. O "julgamento" era secreto, e o acusado tinha de provar sua inocência - como em todas as cortes que seguiam o direito romano - sem direito a advogado e sem saber quem eram seus acusadores.
O papa Inocêncio IV, em 1.252, autorizou a tortura como meio de se conseguir informação e a confissão dos acusados de heresia. A lei canônica proibia o clero de derramar sangue. Aquele que servia ao altar do Sacrifício não devia sacrificar homens. Mas ele podia perseguir, interrogar e torturar o prisioneiro. Se julgasse a pessoa culpada de heresia, ele a devolvia às autoridades civis, geralmente para ser queimada na fogueira. A combinação da cruzada contra os hereges em Toulouse e a inquisição acabou com o cátaros antes do final do século XIII.
No concílio também foi definido: Eucaristia - dita "sagrada comunhão", renovação do sacrifício de Jesus Cristo no calvário; O dogma da Transubstanciação - mudança do pão e vinho no "corpo e sangue de Jesus"; Confissão Auricular - sacramento para "perdão de pecados", utilizado amplamente na espionagem e perseguição aos ditos hereges; declara ainda que "fora da Igreja não há salvação".

1.328

John Wycliff

Reformador Protestante - Tradução da primeira Bíblia para o idioma inglês
Professor da Universidade de Oxford, teólogo e reformador religioso inglês. Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, que ficou conhecida como a Bíblia de Wycliff.
Ele argumentava que o governo inglês tinha a responsabilidade divinamente atribuída de corrigir os abusos da Igreja Católica dentro de seu território e de afastar de seu ofício os homens que insistissem em permanecer em pecado. O Estado poderia inclusive confiscar a propriedade dos oficiais corruptos. Em 1.377 o papa Gregório XI expediu um bula contra Wycliff condenando suas 18 teses, dizendo-as errôneas e perigosas para a Igreja e o Estado.
O reformador dizia: "Todo homem, seja leigo ou da igreja, está no mesmo patamar perante os olhos de Deus".
"O Novo Testamento é cheio de autoridade, fácil de ser entendido pelo homem simples. Aquele que pratica a humildade e a caridade tem o verdadeiro entendimento e a perfeição de toda a Sagrada Escritura."
"Cristo não escreveu suas leis em mesas, ou em peles de animais, mas no coração dos homens."
Wycliff mostrou como o papado havia se distanciado da prática e dos ensinamentos de Jesus e de seus discípulos. "Cristo é verdade, o papa é o princípio da falsidade". Cristo viveu na pobreza, o papa trabalha por magnificência, Cristo recusou o poder temporal, e o papa o busca. A instituição papal é "cheia de veneno". É o próprio anticristo, o pecador que exalta a si mesmo e coloca-se acima de Deus. Ele nunca demonstrou tanta hostilidade quanto em relação ao dogma da transubstanciação. No verão de 1.380, publicou doze argumentos contra a ideia de que o pão e o vinho da "Santa Comunhão" transformavam-se fisicamente no corpo e no sangue de Jesus.
No dia 28 de dezembro de 1.384, Wycliff foi acometido por um ataque de apoplexia, desencarnando 3 dias depois, no último dia do ano. Em 1.428, quarenta e quatro anos após seu desencarne, em virtude de uma condenação do Concílio de Constança, o Papa Martinho V enviava ao bispo Linsoln ordem para que desenterrassem os despojos de Wicliff levassem á fogueira e atirassem suas cinzas no Reno. A ordem foi rigorosamente executada.
"Que sabeis dos grandes vultos restauradores, como Wicliff, Huss, Lutero, Giordano Bruno, Kardec e seus seguidores? Por acaso contaram com mistérios e milagres que os isentaram de árduos trabalhos, de trabalhos que os conduziram, em alguns casos, ao martírio? Fazei-vos, pois, dignos discípulos de vossos maiores. Porém, fazei-vos em trabalhos de fato, não em presunção apenas, pois o mundo carece de verdadeiros servidores do Cristo Planetário." - Livro: Nos Domínios Maravilhosos da Psicometria

1.369

Jan Huss

Encarnação do Princípio Sagrado
Reformador Protestante - Executado na fogueira
Jan Huss (Husinec, 1.369 - Constança, 6 de julho de 1.415) pensador e reformador tcheco, nasceu de pais camponeses que habitavam a pequena cidade de Husinec, ao sul da Boêmia. Estudou teologia na Universidade de Praga, tornando-se bacharel em artes e mestre em artes, antes de começar a ensinar na faculdade de artes e de mergulhar na causa reformista. Primeira reencarnação de Elias, acompanhado de muita gente, para iniciar os serviços preliminares de restauração da Doutrina do Caminho.
A revolta de Wycliff se expandiu na Boêmia, porque estava ligada a um forte grupo liderado por Jan Huss. Na Capela de Belém, próxima à universidade, deu a Huss uma oportunidade de divulgar seus ensinamentos e os trabalhos de Wycliff, incluindo suas críticas aos abusos de poder do papado. Nas paredes, havia pinturas que contrastavam o comportamento dos papas e de Jesus. Os cáusticos sermões de Huss na língua boêmia rapidamente se espalharam e angariaram apoio popular. Logo se iniciaram tumultos de estudantes contra e a favor.
O arcebispo de Praga de maneira persistente reclamava ao papa sobre Huss. Corte as heresias pela raiz, dizia o papa. O arcebispo Zbynek excomungou Huss, o que provocou grande agitação popular. Huss passou a atacar abertamente o fato de o papa vender indulgências a fim de financiar sua guerra contra Nápoles. Essa atitude custou o apoio do rei Wenceslas, e quando Praga ficou sob interdito papal por causa de Huss, o reformador exilou-se no sul da Boêmia. Durante esse período de retiro, Huss escreveu sua obra mais importante, "Sobre a Igreja".
Atendendo a um pedido do imperador Sigismundo, Huss foi ao concílio de Constance, e foi induzido à prestar declarações aos quatro poderes com a promessa do imperador, "de que nada de mal lhe aconteceria, caso expusesse em público as suas ideias". Sigismundo "dar-lhe-ia salvo conduto e a sua palavra imperial de que sua vida não correria perigo, pois a espada do império velaria por ele". Os regulamentos da Inquisição eram simples. Se houvesse testemunhas suficientes para testificar a culpa, então ele tinha que confessar e renunciar a seus erros ou seria queimado. A recompensa da confissão era a prisão perpétua em vez de fogueira. Ingagado, respondeu: "Eu disse que, nem por uma capela cheia de ouro, abandonaria a Verdade". Em suas cartas de Constance, externava sua preocupação ao dizer "temo que os mentirosos digam que abandonei a Verdade que preguei". Durante oito meses ficou na prisão de Constance.
Esquecera-se o imperador da palavra empenhada quando condenou Jan Huss à morte na fogueira. Mandou retirá-lo em 6 de julho de 1.415, da cela, amarrá-lo, vestir-lhe uma túnica, colocar-lhe sobre a cabeça uma mitra com diabos e serpentes pintados e fê-lo empreender o caminho para o arrabalde de Brulh, onde no mesmo lugar da fogueira se ergue hoje um monumento coberto de inscrições em honra ao mártir. Huss orou. Pela última vez, o marechal do Império perguntou-lhe se abjuraria e salvaria sua vida. Huss disse: "Deus é minha testemunha de que as evidências contra mim são falsas. Sempre ensinei ou preguei com a única intenção de salvar homens, se possível, de seus pecados. Na verdade do evangelho escrevi, ensinei e preguei; hoje, de bom grado morrerei". Antes de ser queimado, Huss disse as seguintes palavras: "Vocês hoje estão queimando um ganso, mas dentro de um século, encontrarão-se com um cisne. E este cisne vocês não poderão queimar". Huss significa "ganso" na língua boêmia e esta profecia se concretizaria 102 anos depois, quando Martinho Lutero pregou suas 95 teses em Wittenberg, e costumeiramente se costuma identificá-lo com um cisne.
A sua extensa obra escrita concedeu-lhe um importante papel na história literária tcheca. Também é responsável pela introdução do uso de acentos na língua tcheca por modo a fazer corresponder cada som a um símbolo único. Há uma estátua na praça central de Praga, a Praça da Cidade Velha, em sua homenagem.
"(O ex-padre Leterre, no livro JESUS E SUA DOUTRINA, revela o quanto de erros, sujidades, sangueiras, imoralidades e depravações, enche a vida da Besta Apocalíptica, que devia surgir e surgiu, em Roma, como bem ficou previsto no capítulo 13, do Apocalipse. Foi no ano 313 que a Besta foi inventada por Constantino Cloro I. Kardec foi reencarnação de João Huss, e não terminou tudo quanto devia, porque de par com o que devia restaurar, também devia entregar o EVANGELHO ETERNO, anunciado por Deus em Apocalipse, 14, 6.)" - Boletim: A Doutrina de Deus, da Lei a Ser Vivida...
"DE JOÃO HUSS AO MEADO DO SÉCULO VINTE E UM - É o tempo de transição, marcado por grandes ensinos e convulsões, para que a Humanidade entre na fase de maturidade espiritual. João Huss começou a Reforma, divulgou o Evangelho da letra e restaurou a Comunicabilidade dos Anjos, Espíritos ou Almas, para advertir, ilustrar e consolar a encarnados e desencarnados. Assim é que dele falarão, nos milênios porvindouros, aqueles que herdarem a Terra dos futuros ciclos..." - Livro: Evangelho Eterno e Orações Prodigiosas
"A RESTAURAÇÃO DO CRISTIANISMO começou pela grande reunião havida no mundo espiritual, tutelada pelo Cristo Planetário, que disse ser hora de serem iniciadas as preliminares da RESTAURAÇÃO. Por isso é que o mundo viu Wicliff, Huss, Joana D’Arc, Lutero, Giordano Bruno. Porque a RESTAURAÇÃO tem caráter de processo evolutivo e não de medida executada total e repentinamente. Era necessário vencer a CORRUPÇÃO aos poucos, e com muito custo, porque os corruptos tinham todos os trunfos mundanos em suas mãos, em nome de Deus, da Verdade e do Cristo. Todos sabem quanto foi custoso ir triunfando, ir conseguindo liberdade de culto, tradução da Escritura e divulgação pelo mundo; todos sabem quanto sangue custaram os trabalhos preliminares da RESTAURAÇÃO;" - Livro: O Mensageiro de Kassapa
1.412

Joana D'Arc

Encarnação de Judas de Kirioth
Pitonisa, Vidente ou Médium - Heroína Francesa - Executada na fogueira
Joana d'Arc (Domrémy-la-Pucelle, 1.412 - Ruão, Reino da França, 30 de maio de 1.431) considerada uma heroína da França pelos seus feitos durante a Guerra dos Cem Anos. Nasceu filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, numa família camponesa, em Domrémy no nordeste da França. Joana tinha visões com anjos ou espíritos que a instruíram a ajudar as forças de Carlos VII e livrar a França do domínio da Inglaterra. O não coroado Carlos VII enviou Joana junto com um exército para tentar solucionar o Cerco de Orleães. Após apenas nove dias de ação, a batalha terminou com um resultado favorável aos franceses e Orleães foi libertada, elevando assim a reputação de Joana a condição de heroína nacional aos olhos do povo francês. Seguiu-se uma série de vitórias militares para as forças de Carlos VII, que permitiram sua coroação como rei na Catedral de Reims. Como resultado, a moral da população francesa melhorou e a maré da Guerra dos Cem Anos começou a virar em favor dos franceses.
Após o fracassado Cerco de Paris, contudo, a popularidade de Joana dentre a nobreza francesa despencou. Em 23 de maio de 1.430, ela foi capturada em Compiègne pelos Borguinhões, um grupo de franceses que apoiavam os ingleses. Eles a entregaram nas mãos do governo da Inglaterra, que colocaram seu julgamento nas mãos do bispo Pierre Cauchon, jogando contra ela diversas acusações de cunho religioso. Cauchon a declarou culpada e ela foi sentenciada a morte na fogueira. Joana foi executada em 30 de maio de 1.431, aos 19 anos de idade. Sua morte, contudo, a elevou aos status de mártir e fez aumentar o fervor patriótico francês contra os ingleses.
Em 1.803, Joana foi oficialmente declarada como um símbolo nacional da França por decisão do imperador Napoleão Bonaparte. A Igreja Católica que a havia acusado de feitiçaria e bruxaria, a declara "beatificada" em 1.909 e "canonizada" em 1.920.
"Entretanto, no século quatorze, sobre a Europa, realizar-se-ia um grande conclave – Jesus ordenaria o movimento de reposição das coisas no lugar. Viriam à carne Wicliff, Huss, Joana D'Arc, Lutero, Giordano Bruno, Kardec, Denis, Delanne, etc. Iriam, aos poucos, repondo o Pentecostes no lugar... O Instrumento Revelador, o Consolador, de novo começaria o seu serviço de advertir, ilustrar e consolar os filhos de Deus lotados na Terra." - Livro: A Bíblia dos Espíritas

Joana d'Arc (Filme de Luc Besson - 1.999)

1.452

Girolamo Savonarola

Reformador - Executado por enforcamento e seu corpo queimado na fogueira
Girolamo Savonarola (Ferrara, 21 de setembro de 1.452 — Florença, 23 de maio de 1.498), foi um padre dominicano e pregador na Florença renascentista que ficou conhecido por suas profecias, pela destruição de objetos de arte e artigos de origem secular e seus apelos de reforma da Igreja Católica. Savonarola veio de uma antiga e tradicional família de Ferrara. Devotou-se ao estudo da filosofia e medicina e em 1.474, durante uma viagem a Faenza, ouviu um sermão proferido por um padre agostiniano, que o fez resolver renunciar ao mundo, incorporando-se à ordem dominicana na Bolonha sem o conhecimento de seus pais.
Savonarola declarava-se um profeta, e escreveu sobre suas visões em seu Compendium Revelationum, em que ele associava a corrupção do clero com um dilúvio de pecados e libertinagem e o rei Carlos VIII da França a um "novo Ciro". Quando a França invadiu a Itália e ameaçou intervir em Florença em 1.494, essas profecias se realizaram e Savonarola conseguiu suporte público para afastar os Médici do poder e declarar Florença uma "república popular".
Em 1.495, quando Florença recusou participar da Santa Liga junto ao Vaticano para se opôr à invasão francesa, Savonarola foi convocado a Roma pelo papa Alexandre VI, recusou a convocação e prosseguiu a desafiar o papa, pregando sob uma proibição, declarando Florença uma nova Jerusalém: o novo centro do cristianismo no mundo, e começando uma campanha puritana que é lembrada especialmente em virtude das suas recorrentes "fogueiras das vaidades". Nesses eventos, obras de arte, livros e outros objetos que eram considerados produtos da vaidade humana, luxo desnecessário ou de natureza imoral eram coletados e queimados publicamente. Em retaliação, o papa excomungou Savonarola em maio de 1.497, e ameaçou uma interdição em Florença.
Em seus sermões atacou violentamente os crimes do Vaticano. Um cisma começou a se figurar e o papa foi forçado outra vez a agir. Mesmo assim, Savonarola prosseguiu com suas pregações cada vez mais violentas contra a Igreja de Roma, recusando-se a obedecer às ordens recebidas. Savonarola foi preso com mais dois frades e em 23 de maio de 1.498, a Igreja Católica o condenou à morte por enforcamento, junto com seus dois companheiros, sendo entregues as autoridades civis para serem enforcados e posteriormente seus corpos queimados em praça pública.
Discurso de Girolamo contra a corrupção da Igreja Romana: "Nestes dias, prelados e pregadores estão acorrentados à terra pelo amor às coisas terrenas. O cuidado pelas almas não é mais sua preocupação. Estão contentes com sua renda financeira. Os pregadores pregam para agradar os príncipes e serem louvados por eles. Fizeram pior que isso. Não só destruíram a igreja de Deus, mas construíram uma nova igreja segundo seu próprio padrão. Vá a Roma e veja! Nas mansões dos grandes prelados, não há interesse senão por poesia e oratória. Vá até lá e veja! Verá todos com seus livros de ciências humanas, dizendo uns aos outros que podem guiar as almas dos homens por meio de Virgílio, Horácio e Cícero... Os prelados antigos tinham muito menos mitras e cálices de ouro, e os que possuíam eram quebrados e repartidos para aliviar as necessidades dos pobres. Mas nossos prelados, a fim de obter tais cálices, roubam os pobres do seu único meio de sustento. Não sabem já o que lhes relato? O que fazes, ó Senhor? Levanta-te e vem para libertar tua igreja das mãos de demônios, das mãos de tiranos, das mãos de prelados iníquos".